Há um barco esquecido na praia... Restos de madeira, pensamentos e posturas.
Uma cartografia perdida, um caminho rotulado - rasgado e cheio de marcas
Fui vaso quebrado, destroçado e distorcido, fui barco parado, perdido
Saio da metáfora do vaso, adentro a metáfora do barco
São partes de madeira, não apodrecida, que se tornam vida
São restos de sonhos, não navegados, mas bem sentidos e discernidos
Este barco, outrora esquecido, este ser, outrora obscurecido
- reage em vida e parte em direção ao desconhecido - ao horizonte de Deus
Horizonte claro e límpido, a salvação de DEUS
O deserto agora se refaz no mar - águas turbulentas, marés descontroladas
Ar e Água - aspectos a se dominar...
Neste barco, já não esquecido, navego seguro, sem conhecer o caminho
Este barco em que agora vivo, pela FÉ - NÃO navego sozinho.
Wilsius Norte.